sábado, agosto 31, 2013

Interpretando as Escrituras: NÃO TENHA ÓDIO DE CAIM...

Por: Pr. Selmo Reis


A “base bíblica” foi a maldição sobre Caim (Gên. 4.11). Vez por outra, pessoas ignorantes da Bíblia e que a usam de maneira atomizada, sacando passagens do contexto, e ignorantes da obra de Cristo, presas e apaixonadas às maldições veterotestamentárias (velho pacto ou antigo testamento), ressuscitam a ideia esdrúxula. É impressionante o que a ignorância, aliada à empáfia, faz! Para alguns intérpretes (foi o caso deste irmão que me deu sua interpretação) o sinal posto sobre Caim foi a Cor Negra.

Por isso, a África e os negros eram amaldiçoados, e foram deportados como escravos. Já ouvi gente dizer que a terra de Node, onde Caim foi habitar era a África. Tolice da grossa, pois a região nunca foi identificada. E o termo hebraico, nod, tem a ideia de andar sem rumo, e não de deportação. A maldição sobre Caim foi que ele, um agricultor, homem de vínculos com a terra, seria nômade.

E também a associação dos cainitas (descendentes de Caim) com os quenitas (uma das subtribos nômades dos midianitas, por isso midianita ou quenita eram a mesma coisa), amaldiçoados com deportação escrava (Núm. 24.21-24) é tremendamente incerta. É uma violência exegética, o que se chama de eisegese (pôr ideia no texto ou seja, consiste em injetar em um texto, alguma coisa que o interprete quer que esteja ali, mas que na verdade não faz parte do mesmo ). Além de não se poder afirmar que Caim foi para a África, tal ideia ignora que o sinal (‘oth, algo externo), foi para proteção e não para maldição. Quem o encontrasse não deveria matá-lo (Gên. 4.15). O termo reaparece em Gênesis 9.12: ‘oth berith (“sinal da aliança”). E em Gênesis 17.11: lê ‘oth berith (“para sinal da aliança”).

Nestes dois casos, a palavra traduzida como “sinal” se associa com bênção. Obviamente que é o mesmo sentido com o episódio de Caim. Foi um sinal benigno, não maligno. O sinal posto foi lê Qain, literalmente “para Caim”, e não “contra Caim”. Foi algo para lhe favorecer. A maldição sobre Caim foi a de ser errante, e o trato posterior de Yahweh com ele foi de misericórdia, e não de ódio eterno.

A tradição judaica diz que o sinal posto sobre Caim foi o nome sagrado de YHWH, para que todos soubessem que não deviam tocá-lo. Yahweh foi fiador de Caim. Isso se chama GRAÇA e não maldição!
E há mais: as raças não surgiram após o Éden, mas após o dilúvio (Gên. 10). E a dispersão da humanidade pela face da terra se deu em Gênesis 11 (especialmente v. 9). Caim nada teria a ver com a África, nem com a Europa, nem mesmo com a Oceania.

Há gente fissurada em maldições e no Antigo Testamento e suas pragas. Respeitosamente recordo-lhes o conteúdo do Sermão do Monte: “foi dito” e “eu, porém, vos digo” e sua admirável conclusão: “Estas minhas palavras”. O padrão é o ensino de Jesus, o Novo Testamento. Lembrem- se da palavra do Pai, na Transfiguração: “Este é o meu Filho amado, em quem me agrado; a ele ouvi” (Mat. 17.5). Nós não ouvimos a Moisés e Elias (o Antigo Testamento), mas ao Filho amado (Heb. 1.1-2).

Uma regra elementar de Hermenêutica (significa “interpretação”: neste caso uma modalidade específica de estudo teológico) ensina que o Novo Testamento interpreta o Antigo Testamento. Inclusive, segundo Paulo, o judeu só entende completamente o Antigo Testamento quando aceita o Novo (II Cor. 3.14- 16). Seria bom parar de colocar o mundo e a igreja de Jesus sob o jugo do Antigo Testamento.

Jovem: fujamos de gente exótica, que vê na Bíblia o que intérpretes bem mais capacitados e de mais autoridade espiritual nunca viram. Os reinventores do evangelho e da Teologia geralmente nos envergonham e escandalizam. E no que interessa: não há nenhuma maldição especial sobre a África e sobre os negros.

Racistas de plantão: não deturpem a Bíblia, nem envergonhem os verdadeiros cristãos!

Pr. Selmo Reis.

Sobre o Pr. Selmo Reis...

O Pr. Selmo Ricardo Reis é bacharel em Teologia pelo Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil e licenciado em Filosofia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Foi Pastor Auxiliar na Saint John Primitive Baptist Church de Delray Beach, Flórida e hoje reside em Washington, estado fronteiriço ao Canadá... Sua luta para manter os afrodescendentes conscientes de suas histórias e ações, permanece ativa.

Conheça a Afro Negócios...

Bom dia Zulus,

Afro Negócios é uma Rede, que uni pessoas que querem, aprender, crescer e ensinar; que se -valorizam e que não aceitam serem mais um e sim serem destaques entre os outros, pessoas que inspirem e são inspiradas, que são exemplos a serem seguidos; que acreditam que realmente juntos podem obter mudanças e serem mais do que imaginam, temos o intuito de dar mais visibilidade aos afro descendentes brasileiros, na área Profissional, Empresarial e Empreendedora.

Nossa rede é composta, por uma revista eletrônica de negócios, uma Agencia de anúncios e propaganda, uma loja virtual e um guia de divulgações profissionais onde cadastramos estudantes, profissionais ou pessoas formadas para uma melhor oportunidade de trabalho, oferecidas a empresas interessadas em contratar.

Nosso conceito é dar mais VISIBILIDADE para os afrodescendentes em nosso país. Dando informações, divulgado empresas, contando suas historias de sucesso, inspirando pessoas, colocando profissionais, suas qualidades e suas experiências em evidência para obterem mais oportunidade de trabalho.


Att. Equipe Afro Negócios.

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§  Revista On line Afro Negócios
Uma revista on line da rede Afro Negócios, que tem o objetivo em dar mais visibilidade aos Afrodescendentes, buscando oferecer mais informações,apresentando pessoas que os inspirem e seja exemplos a seguirem no mundo dos negócios, empreendedor e da educação. 

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quinta-feira, agosto 29, 2013

EXCLUSIVO: Universal Zulu Nation RESPONDE às INVERDADES contra Kool Herc e Afrika Bambaataa...

O Depto. de Comunicação da Zulu Nation Brasil vem a público divulgar o pronunciamento escrito pelo Ministro-chefe da Universal Zulu Nation – Nova York, Afrika Bambaataa, acerca da rede de intrigas que tem se  formado ao longo dos anos e intensificado ainda mais graças à velocidade das redes sociais, sobre um suposto desentendimento entre as pessoas de Afrika Bambaataa e Kool Herc, ambos idealizadores do Movimento Cultural Hip-Hop, ao lado do DJ Grandmaster Flash. É importante ressaltar que em determinado trecho da nota publicada abaixo, Bambaataa enfatiza que devemos nos preocupar com assuntos muito mais importantes do que proliferarmos esses tipos de inverdades. Reforçando sua fala, sugerimos a todos os irmãos (Zulus e Hip-Hoppers) que pesquisemos acerca da história do nosso Movimento antes de nos preocuparmos em abraçar seus elementos, a fim de que não sejamos injustos com o próprio Hip-Hop e conosco. Lembremos que o Hip-Hop foi forjado em meio ao caos das ruas e que até hoje serve de política pública para quem o promove de alguma forma. Não tratemos o Hip-Hop como apenas uma forma de autopromoção para ganharmos dinheiro fácil, pois, se assim o fizermos, estaremos colaborando pela nossa própria extinção...


ATENÇÃO A TODOS os meios de comunicação! Em nome da Universal Zulu Nation, nossos membros, seguidores e membros dedicados de toda Nação Hip-Hop do mundo e suas comunidades, estamos pedindo que todos os meios de comunicação cessem e desistam de qualquer notícia negativa sobre DJ Kool Herc e a Zulu Nation.
Afrika Bambaataa falou com o seu irmão DJ Kool Herc, e os dois irmãos desejam a Paz a todos os seguidores da Cultura (Hip-Hop). Por favor, abstenham-se de acrescentar qualquer linguagem violenta, negativa e/ ou ataques um contra o outro, no que se refere a estes dois homens de relevância em nossa comunidade. Nunca devemos confundir o diálogo aberto ou discordâncias abertas com "carne" ou "guerra". Isto não é a missão da Universal Zulu Nation, nem é a intenção de qualquer um dos nossos membros e fundadores. Uma série de comentários e postagens em todo o país gera um ambiente de ódio e violência, que nós não toleramos.

Dito isto, aqui estão as palavras do “Amon-Rá” do Hip-Hop, o próprio Afrika Bambaataa:

"Para quem pensou que estava causando atrito, isso não está acontecendo. Kool Herc é o meu irmão! Para as comunidades Hip-Hop em todo o mundo, vamos nos concentrar nas coisas positivas sobre o Hip-Hop. Nós ainda precisamos de programas de música para as crianças de nossas escolas, depois de incentivos de programas escolares, programas matutinos para os nossos idosos, saúde para Hip-Hoppers e comunidades de pessoas desconectadas (sem acesso à internet) em todo o mundo. Nós ainda não temos o nosso Museu do Hip-Hop. Precisamos trabalhar para cessar as muitas injustiças em nossas comunidades. E nossas igrejas, mesquitas e templos precisam abrir suas portas para assegurar as comunidades e cessar o medo acerca delas. Muitos dos nossos rappers, artistas e estrelas precisam ficar contra a injustiça que fere todas as pessoas onde quer que estejam no planeta. O que é mais importante é a **Million Man / ***Woman March contra os assassinatos cometidos por nós mesmos em nossas próprias comunidades e trabalhando para acabar com o sistema prisional racista projetado para encarcerar os homens e mulheres negros e latinos com taxas cada vez mais elevadas e por prazos mais longos. Estas são as questões que devem ser abordadas e que são mais importantes do que se preocupar em ficar causando atritos entre meu irmão Kool Herc e eu. E venho chamando para a União Hip-Hop por muitos anos. Vamos fazer isso. Lembre-se que Zulu significa: "Paz, Unidade, Amor e Diversão. Eu também, pessoalmente, finalizarei essa carta com o seguinte: Venham comemorar o 39º aniversário da Cultura Hip-Hop e o 40º aniversário da Universal Zulu Nation conosco, em novembro deste ano. Se você quer ser um de nós... Pergunte a um de nós. Paz”.

** Marcha realizada em 28 de agosto de 1963, formada por um quarto de milhão de manifestantes, negros e brancos, vindos de todas as partes dos EUA, onde se reuniram na capital do país para um dia de discursos, protestos e cantos a favor da igualdade dos direitos civis para todos os cidadãos, organizado entre outros por Martin Luther KingBayard Rustin e Phillip Randolph, na maior aglomeração pacífica realizada nos Estados Unidos com propósitos de integração racial, direito de moradia digna, pleno emprego, direito ao voto e educação integrada.

*** Marcha de protesto organizado em 25 de outubro de 1997, na Filadélfia, Pensilvânia. Fundada e organizada pelo ativista Phile Chionesu, defensor dos direitos humanos e representante da Black Nationalist/ Freedom Fighter e visa contribuir para o desenvolvimento social, político e econômico, além de dar  poder às comunidades Afro-americanas dos EUA, bem como para trazer esperança, capacitação, unidade e irmandade entre mulheres, homens e crianças de ascendência Africana globalmente, independentemente de nacionalidade, religião, situação econômica, etc...

Negros de cabelos louros de arquipélago...

Fonte: Afrokut



Nas Ilhas Salomão, cerca de 10% da população indígena, de pele negra, tem cabelo notavelmente louro. Alguns insulares acreditam que a cor seria resultado da exposição excessiva ao sol, ou de uma dieta rica em peixe...

Link do álbum:

quarta-feira, agosto 28, 2013

Casa do Hip-Hop de Guarulhos convida...

Ação da Casa da Cultura Hip-Hop de Guarulhos e do Alto Tiete traz os Quatro Elementos da Cultura Hip-Hop em ação na base e na essência em dois dias intensos de trocas de saberes...

Estaremos desenvolvendo atividades, respeitando como sempre e discutindo os princípios norteadores da Cultura Hip-Hop, tendo como disparador “A Declaração de Paz do Hip-Hop” entregue à ONU em maio de 2001 e chamando a militância
 e os  aventureiros para a discussão com muita música, escrita de Graffiti, Dança e discotecagem, além da comercialização de produtos e a literatura.

Vem conosco, o Hip-Hop é o caminho!!!

Se você conhecer Escritores (as) de Graffiti que possam somar com a ação pode convidar, não temos tinta, mas espaço não falta...

Saiba mais...

sábado, agosto 24, 2013

Contagem Regressiva para o One Way CDD Cypher...

5, 4, 3, 2, 1...!!! A Cidade de Deus vai tremer com a primeira edição de um dos eventos mais undergrounds de adoração do Rio: One Way CDD Cypher!!!

“O Hip-Hop sempre teve esse estreitamento com a Palavra de Deus... Nas letras de Rap inclusive, é fácil de identificar muitos rappers demonstrando seu temor a Deus e os Racionais são até um grande exemplo disso! Entender que Deus é a grande razão pela qual nos levantamos todos os dias vivos é o grande barato do One Way CDD Cypher, um que é dedicado à família, demonstrando que o Hip-Hop pode e é um grande instrumento em favor da Paz!”, explica entusiasmado o krumper “Pierry”, um dos organizadores do evento.


Além de recepcionar crews de b. boys de várias localidades do estado, a CDD Cypher contará também com time de DJs especialistas no quesito pista de dança...

DJ Scooby – há mais de uma década no meio Hip-Hop, especializado em música cristã underground. Trabalhou em programas de rádio na Gospel FM Rio 107,9 (Gospel Black) e na rádio Melodia FM 97,5 (Beat Gospel). É também produtor de Hip-Hop/ Black Music e remixes. Atuou ao lado de diversos cantores nacionais e internacionais (abertura da tour 2008 Kirk Franklin no Brasil). Como Integrante do Grupo de Rap Cistrão Manuscritos, ganhou prêmios como o de Revelação do extinto Jornal e-Black, além de 4 Indicações ao Prêmio Hutuz (Melhor Música Demonstração da Década);  


DJ Tamy – além de bendito é o fruto entre os DJs, ela é o que se pode chamar de DJ revelação das pistas undergrounds. Muito embora esteja na cena Hip-Hop desde 2009, em 2012 foi certificada pelo Red Bull Favela Beats para aprimoramento na sua área como DJ e baetmaker.  Participou como DJ da Liga Internacional de Basquete de Rua (LIBRA), evento realizado pela CUFA. Ao lado dos rappers MV Bill e Nega Gizza, participou na primeira e agora na segunda temporada do programa Aglomerado (TV Brasil). Apresentou-se em eventos importantes como Nike Cup, Nike Corre e no lançamento do Nike Air force One Brasil, além do Hip-Hop Celebra e a Marcha Nordestina pela Paz. Tocou em algumas edições do Gospel Night e atualmente é DJ residente da festa Crewolada,  a maior festa de Black Underground Cristã do Rio.


DJ Claysoul – ele é vice-coordenador da Zulu Nation Rio de Janeiro.  Colecionado um que durante a sua trajetória como profissional da música trilhou por equipes de renome como a “Furacão 2000”... Na cena Black, onde desenvolveu ainda mais seus conhecimentos musicais, colaborou socialmente para entidades como a Liga Urbana de Basquete – LUB, Ministério Lutando por Vidas de Artes Marciais, Federação dos Blocos Afro do Rio de Janeiro – FEBARJ, DISCOTERJ (primeira Associação de DJs da América Latina, apoiadora do Movimento pelo reconhecimento da Profissão junto ao Ministério do Trabalho). Formado em Comunicação Social e Gestão de Eventos Carnavalescos, trouxe consigo o interesse de unir as raízes criadas por duas senzalas distintas (EUA-Brasil), devido a grande influência destas na formação da Cultura Urbana do nosso estado, utilizando a autoestima como sua principal proposta político-partidária. Há 2 anos, militando como servo do Deus Altíssimo, transformou o “SoulBalanço”, movimento musical que visa o resgate da Cultura Black Nacional nas pistas (americanizadas) de dança, está desenvolvendo o “SoulBalanço de Jesus”, projeto que igualmente ao inicial visa o resgates dos grandes nomes da Black Cristã Nacional nas pistas para a adoração do nome de Deus... 

Depois desse dossiê sobre os profissionais do ritmo, a pista quadriculada da One Way CDD Cypher se transformará num santuário moderno em adoração ao Deus Vivo! (Salmos 150:6)...
Nos vemos lá!!!

Graça e Paz! Paz e Respeito!

DJ “Zulu” TR.


Saiba mais:

“One Way – CDD Cypher”
Dia 31/08 – sábado – 14h
Espaço Conexão Cultural - Rua Edgard Werneck, 1963 (embaixo do Viaduto da Linha Amarela), Cidade de Deus.
ENTRADA FRANCA! ENTRADA FRANCA! ENTRADA FRANCA!




  

Indicação do King: Hip-Hop Calebration...


terça-feira, agosto 20, 2013

Racismo se aprende na Escola...?

Fonte: Afrokut

Publicado por Fabio Estebam


No exercício de minha profissão deparo-me, frequentemente com situações em que os alunos mostram-se muito sensíveis a determinadas expressões que denotam discriminação. Frases como: “vai gritar com as suas negas”, “página negra de nossa história”, “a fome é negra”, “negro é o teu passado”, e outras do gênero, desencadeiam interpretações equivocadas, e os alunos de etnia negra se ofendem, muitas vezes, de forma violenta.

8 belas Princesas Negras e suas histórias...

Fonte: Afrokut

A mídia gosta de relatar acontecimentos da realeza europeia, passando a impressão que todas as princesas e príncipes são brancos e europeus, não mostrando a diversidade de reis e rainhas, príncipes e princesas em outras etnias no mundo, como a existência de uma Realeza Africana, assim como negros  e negras nas casas reais europeias, mas eles não estão em destaque na mídia.
Embora essa negação, há uma infinidade de belas princesas negras em todo o mundo que estão fazendo a sua marca e abrindo o caminho para que outras sigam os seus passos. Elas são atrizes, mães, filantropas e muito mais...

Smithsonian quer colaborar com Museu Afrodescendente Brasileiro...

Fonte: http://oglobo.globo.com
Por Claudia Altschuller, especial para o blog de Ancelmo Gois

 A Smithsonian Institution -- entidade americana que administra o maior número de museus no mundo -- vai colaborar com o projeto do Museu de Memória e Cultura Afrodescendente, que está sendo criado pelo Ministério da Cultura.
A parceria foi anunciada em workshop na Casa de Rui Barbosa, no Rio. Os EUA também estão criando seu primeiro museu afrodescendente nacional.

domingo, agosto 18, 2013

Notícias da Bahia: Reação Sankofa - Entre nessa luta...


Precisamos muito de você, e de sua base aliada, parceiros e amigos. Vamos fazer uma manifestação pró Sankofa e contra a arbitrariedade da SUCOM e da PM nos espaço negros de cultura. Precisamos de mobilização urgente! Será um enorme sarau de poesia e outras artes intercaladas com breves falas políticas. Será segunda, 19/08, a partir das 16h horas (até 20h ou um pouco mais) em frente ao Sankofa African Bar. Ajude-nos a também na publicação do nosso panfleto. Precisamos, efetivamente, levar gente para a rua!
REAÇÃO SANKOFA

Campanha: Contra a Criminalização dos Espaços Negros de Cultura

Amigas, amigos, saraus e coletivos: q
ue bom ver que estamos neste levante em família

O primeiro passo, para a nascente - e já potente - campanha se deu quase espontaneamente na própria sexta-feira, 09/08/2013, em plena ação da SUCOM-BA (Superintendência de Controle e Ordenamento do Uso do Solo do Município), amparada por um grupo de policiais militares fortemente armados. Havia em torno de seis funcionários da SUCOM - todos de porte físico avantajado e expressão sisuda - e mais oito policiais, sendo cinco ou seis dentro do Sankofa African Bar e dois na parte externa, em frente à porta de entrada. Para quem acompanhava à distância, parecia uma operação de alta periculosidade. A pessoa responsável pelo estabelecimento naquela noite, com ajuda de amigos que permaneceram lá até o fim, em solidariedade, acionaram parceiros mais experientes, para um suporte afetivo, legal e político. Assim, outras pessoas foram chegando e se juntando aos que lá estavam desde a chegada da pretensa fiscalização. O proprietário e artistas que trabalhavam no espaço foram aconselhados a se retirarem do recinto, para evitar constrangimentos.
Enquanto os equipamentos sonoros fixos que equipam a casa eram retirados bruscamente - até que se reclamasse - foi feito um inventário numérico e com especificação técnica de tudo, porém como uma iniciativa não da SUCOM, mas sim exigência da parte do bar e parceiros. Estes formavam um grupo em torno de dez pessoas, homens e mulheres, todos negros, assim como a maioria absoluta do público que frequentava o evento daquela noite. A música dançante era conduzida por DJs. Um advogado ativista se fez presente, intermediando junto ao comando da SUCOM, e também orientando e aconselhando o grupo que questionavam os direitos da casa. Não houve nenhuma agressão física nem hostilidade verbal mais grave de nenhuma das partes, a não ser a tensão causada pelos armamentos, pela presença da PM e da SUCOM em si e a pouca disposição geral ao diálogo.

Encerrada a ação, o grupo conversou um pouco mais sobre o ocorrido e pensou quais seriam os próximos passos a serem dados, para encarar de fato esse conflito já tradicional na cidade, no estado e no país. Ficou estabelecido que se esperasse notícias objetivas sobre a visita dos representantes do Sankofa African Bar à SUCOM, conforme estabelecia a notificação da mesma, para saber quais seriam os procedimentos legais, para reaver o som e a casa funcionar com regularidade. A notificação da SUCOM apontou falta de alvará para utilização "sonora" e também para o fato de que o volume estaria acima do limite estabelecido, segundo medição deles. Isso tudo está sendo averiguado e debatido em juízo! Vale lembrar que, pouco antes, houve ação semelhante no Bar do Fua, que fica a cerca de 40 metros, na mesma rua. No entanto, a notícia era que houve violência sobre o público, veiculada posteriormente na imprensa alternativa, nas redes socais e na grande imprensa; inclusive televisiva.

Na quarta-feira, 14/08, havia informações mais precisas e que foram relatadas à comunidade interessada durante evento cultural no Sankofa African Bar. Efetivamente, o momento foi pontual para uma primeira avaliação coletiva, material e política, da situação. Tudo aconteceu sem utilização do habitual som mecânico. Conforme combinado previamente com os presentes, num segundo momento, parou-se as apresentações artísticas e fez-se uma reunião espontânea, como de hábito nos momentos de alegria ou de tensão que envolvem a cena.

O primeiro resultado dessa reunião está no amplo movimento na internet. Pessoas anônimas ou personalidades de Salvador, da Bahia, do Brasil e mesmo do exterior estão se manifestando através da exposição de sua própria imagem acompanhada do slogan: “Eu apoio o Sankofa African Bar e sou contra a criminalização dos espaços negros de cultura”. Construiu-se essa frase coletivamente, que bem resume o tratamento estatal hostil comumente dado ao corpo, à arte e aos espaços negros de cultura, não só na Bahia, mas em todo o Brasil. A dimensão desse posicionamento político é surpreendente, o que bem demonstra a pressão que sofre o povo negro e suas demandas nesta terra. Essa é a questão objetiva que move a campanha contra a criminalização da Negritude!

Essa campanha está sendo gestada por um conjunto de pessoas esclarecidas, críticas, ativistas ou simplesmente sofridas que agora colaboram na “formatação” crítica dessa grande voz que, não tenha dúvida, vai ganhar o país e tensionar cada território onde se permite situações como as vivenciadas em Salvador. Há um coletivo participando ativamente, somando as potencialidades de cada um! Esse deve ser o comando para que se torne não uma simples campanha em torno de um ou outro espaço específico, mas um movimento mais amplo de abrangência nacional. Se houver um coletivo forte e atuante no “comando” - propondo, articulando e executando – a negrada vai se fazer ouvir, sem dúvida.

Tirou-se o indicativo de uma manifestação pública na segunda-feira próxima, 19/08. Será na rua, em frente ao Sankofa African Bar, no Pelourinho, com início às 16h, se estendendo até 20h! A estrutura está sendo pensado de maneira a promover apresentações artísticas e falas políticas sem aparato tecnológico. O que vale é o corpo, a voz, instrumentos e adereços acessíveis. Todos estão convidados a participar e também ajudar na divulgação desse encontro pela dignidade do povo preto, seus espaços, linguagens e símbolos

Logicamente, fica aqui também o convite aos gestores dos órgãos que estão direta ou indiretamente envolvidos nesse dilema, que, é obvio, não é apenas do povo preto e pobre: SUCOM, SECULT, PM, SEPROMI, Conselho Estadual de Cultura, Fundação Gregório de Matos, CCPI (Pelourinho Cultural), dentre outros.

Na avaliação de conjuntura e proposição do ato, foi colocado que, a princípio, o foco será o SÍMBOLO “Sankofa African Bar”, para sermos mais compactos e termos mais coesão e objetividade. Mas, com certeza, lembramos e concordamos que um diálogo construtivo com o Bar do Fua será muito bem-vindo e fértil. O que conceituamos de “criminalização” requer a construção de um movimento numericamente forte e politicamente representativo, para seu travamento e desmanche. No sábado, 17/08, foram tratadas as linhas básicas da manifestação de segunda.

Depois dessa nova passagem do meio, será hora de se pensar mecanismos para a transformação conceitual e legal dos espaços negros, que, inegavelmente, são, hoje, polos artísticos. Lugares onde melhor se comporta e expressa a diversidade cultural da Negritude orgulhosa de si e independente.

Time Will Tell!!
Time Will Tell!!

Assina: Campanha Contra a Criminalização dos Espaços Negros de Cultura

SSA-17/08/2013

Educação começa no lar...

Fonte: Afrokut


Palestra ministrada pelo médico psiquiatra Dr. Içami Tiba, em Curitiba, 23/07/09. 

O palestrante é membro eleito do Board of Directors of the International Association of Group Psychotherapy.Conselheiro do Instituto Nacional de Capacitação e Educação para o Trabalho "Via de Acesso". Professor de cursos e workshops no Brasil e no Exterior. 

Em pesquisa realizada em março de 2006, pelo IBOPE, os entrevistados colocaram o Dr. Içami Tiba como terceiro autor de referência e admiração - o primeiro nacional.

1º- lugar: Sigmund Freud;  
2º- lugar: Gustav Jung;

3º- Lugar: Içami Tiba

Link da mensagem do blog:

7 Negras como Miss Universo na história da humanidade...

Fonte: Afrokut



A eleição de Miss Negra é muito boa para a autoestima da mulher negra que, independentemente de beleza, vem se impondo, deixando de se colocar em uma posição inferior. Mas ainda são esporádicas as conquistas do título de beleza por mulheres negras. Isso não quer dizer que somente negras devam vencer os concursos de Miss, existe beleza em todas as etnias. As misses que representam os países são sempre louras, de olhos claros, dando uma falsa impressão de uma Europa incrustada no Universo.

sexta-feira, agosto 16, 2013

Contagem regressiva para a ONE WAY - CDD CYPHER...

   

Exclusivo: "DJ Kool Herc" no Brasil...

Pai da Cultura Hip-Hop, DJ Kool Herc vem ao Brasil com sua irmã Cindy Campbell (a primeira dama do Hip-Hop) para participar de uma mesa de bate papo sobre a Cultura Hip-Hop e para tocar nos dias 17 e 18 de agosto no evento Block' Out! 40 Anos da Cultura Hip Hop, na cidade de Ribeirão Preto-SP...
 Kool Herc, O endereço da Sede da Universal Zulu Nation e sua irmã Cyndi...
  
O evento será uma comemoração dos 40 anos da Cultura Hip Hop que tem como "data de nascimento" a primeira Block Party dada por Kool Herc em 11 de agosto de 1973 na área de recreação do prédio situado na Avenida Sedgwick 1520 e que reuniu pela primeira vez aqueles que seriam reconhecidos como os "elementos" da Cultura Hip Hop.

Além do bate papo, acontecerão workshops de Popping com o pioneiro nova-iorquino Popmaster Fabel, o vice-presidente da Rock Steady Crew. Também haverá um workshop de Locking com o pioneiro americano OG Skeeter Rabbit e outras atividades como: Rinha dos MCs e Block Party no sábado à noite e uma Block' Out! Jam no domingo à tarde com batalhas de MCs, Breaking, Popping e Locking, apresentações de Turntablism e de Beatbox, exposição de boomboxes, Graffiti Live Painting e muitas cyphers.

O evento será uma verdadeira celebração da Cultura Hip-Hop Original e de suas quatro décadas de existência e contará com a presença de Bboys, Poppers, Lockers, MCs, DJs, Graffiti Writers, Beatboxers e estudiosos da Cultura Hip-Hop de todo o país e da América Latina.

Zulu Jaspíon/Fransa-SP.